O que esperar da mudança para meios de transporte movidos à eletricidade?

Imagine cenário radical: se, a partir de amanhã, todos os carros, motos, ônibus e demais veículos movidos a combustíveis fósseis fossem substituídos por veículos movidos a energia elétrica.   Primeiro, não haveria energia suficiente para atender toda a demanda. Segundo, não haveria espaço para todo o lixo produzido pelo o descarte dos veículos movidos a combustíveis fósseis. Por fim, não haveria tecnologia suficiente para realizar essa troca repentina de fonte de energia.   Apesar disso, o uso de combustíveis fósseis, como fonte primordial de energia, está com os dias contados. O Acordo de Paris ratifica essa realidade de transição. Ao assinar o Pacto, o Brasil , por exemplo, estipulou como Contribuição Nacionalmente Determinada (iNDC, na sigla em inglês) a redução das emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, até 2025.   Todavia, apesar dos esforços nacionais, a liderança nesse processo pertence à China, que já tem 1,2 milhão de carros elétricos em circulação. Ao passo que, ao redor do mundo, no começo de 2018, havia 3,2 milhões de veículos movidos à energia elétrica nas ruas.

Quais são as Dificuldades?

[caption id="attachment_3139" align="alignright" width="385"] Faça como milhares de brasileiros e comece economizar com energia todo mês. [/caption] As dificuldades para essa transição são múltiplas, e a superação desse desafio exige investimento massivo na área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), principalmente para o criação de baterias de alta durabilidade, sistemas de captação de energia de fontes renováveis mais eficientes, e para produção em larga escala dos componentes tecnológicos. Dessa forma, será possível baratear o custo para o consumidor final, tornando essa fonte de energia cada vez mais acessível e disseminada.   Para Elon Musk (CEO da Solar City e da Tesla), o poder de transformação dessa realidade está na integração entre o telhado com captação de energia solar, a bateria de lítio para armazenamento e o carro elétrico. Com essa tríade, o consumidor seria também um produtor, tanto para os aparelhos elétricos domésticos, quanto para o combustível dos meios de transporte.   Escrito por Victor Peixoto