Geração Distribuída (GD) é o termo atribuído a uma fonte de energia elétrica instalada no local de consumo ou próximo a ele, que esteja diretamente conectada a rede de distribuição. Dentre as principais fontes estão os sistemas de energia eólica, solar e hidroelétricas. Essa categoria de geração foi regulamentado pela ANEEL no ano de 2007. Possibilitando aliar economia financeira, consciência socioambiental e auto sustentabilidade para o consumidor, além de ser, reduzir o carregamento das redes de distribuição, antes exclusivas no setor. No Brasil, a GD é baseada no net metering, ou seja, sistema de compensação de energia, no qual o consumidor-gerador recebe créditos na sua fatura de energia caso injete uma quantidade de energia maior do que a utilizada durante o mês. Esses créditos possuem validade de até 60 meses e, enquanto existir saldo positivo, o cliente terá bônus no valor final da fatura. Apesar de possibilitar uma certa independência das concessionárias, as fontes de geração distribuídas devem ser ligadas à rede elétrica. Para não faltar abastecimento de energia caso ocorra alguma irregularidade na usina ou, no caso dos sistemas fotovoltaicos, durante o período da noite em que não há geração.

Quais as vantagens da Geração Distribuída?

Uma das principais vantagens da Geração Distribuída frente à convencional, é a diminuição das perdas que ocorrem na transmissão até o consumidor final. Isso se dá visto que a energia não precisa passar por quilômetros de cabeamento desde a fonte da geração, mas será produzida já no local ou bem próximo da unidade consumidora. Outro fator vantajoso é a diminuição de impactos ambientais causados pela instalação de grandes usinas. Um exemplo disso são as hidroelétricas que, apesar de consideradas limpas por utilizar recurso renovável, geram grande desmatamento e outros impactos na biodiversidade que cerca a construção. Ao instalar pequenas usinas de geração distribuída é possível minimizar, ou em alguns casos até zerar, os impactos negativos no meio ambiente.

Geração distribuída em Condomínios

Como são gerados os créditos energéticos em empreendimentos com múltiplas unidades consumidoras (condomínios) difere daquela realizada em casas ou empresas com sistemas geradores. Em residências e empresas, os créditos são gerados pela diferença positiva entre a energia gerada e não consumida injetada na rede da distribuidora, ou seja, se o consumidor estiver consumindo energia durante o dia, ela estará vindo do seu sistema. Já nos empreendimentos com múltiplas unidades consumidoras, toda a energia gerada é injetada na rede, visto que não é possível dividir, em tempo real e certamente, o quanto de energia vai para cada consumidor.

Além disso, alguns outros benefícios da GD incluem:

• Diversidade da matriz energética nacional;
• Desenvolvimento econômico no setor de energia;
• Aumento da eficiência energética em empreendimentos;
• Melhor aproveitamento de recursos naturais, entre outros.

Troca do Relógio de Luz.

Em empreendimentos com múltiplas unidades consumidoras, não é necessário que cada uma delas efetue a troca do relógio medidor, visto que elas apenas irão receber os créditos gerados. Neste caso, o relógio bidirecional deverá ser instalado somente na unidade que possua o sistema de micro e minigeração conectado. Isso vale tanto para as unidades já participantes, como para aquelas novas unidades adicionadas posteriormente ao sistema de rateio.

Expectativa da Geração Distribuída no Brasil.

O Brasil já em setembro de 2021 mais de 1GW de potência em geração distribuída. Sendo a energia solar responsável por cerca de 870 MW do total. Felizmente, o futuro para a GD mostra ser bastante promissor. A Associação Brasileira de Energia Elétrica Fotovoltaica prevê que, em 2050, a matriz energética brasileira contará com 70 GW provenientes de geração distribuída. Paralelo a 54 GW de geração convencional. Sendo assim com esse grande crescimento previsto, o investimento em Geração Distribuída se mostra favorável no contexto nacional, principalmente no setor de energia solar. Garantindo retorno financeiro pela independência energética que proporciona, além de gerar bons impactos ambientais.

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